Educação d(á) liberdade e esperança

A Educação é ponte para a liberdade e conhecimento. Conhecimento teórico, prático, de mundo. Liberdade para mudanças, transformações e êxito. Liberdade para sonhar e realizar. De modo a se ter esperança em si e no futuro. Docentes que seguem a linha de Paulo Freire (considerado patrono da educação brasileira) constroem suas aulas dispostos a educar e libertar sujeitos. E segundo Freire, com esse ato, os educadores se auto transformam, educam, se qualificam e evoluem, pois estabelecem relação dialógica com o mundo.

As aulas do Ensino Médio de maneira geral são muito importantes. É a metade do caminho e em poucas paradas o estudante decidirá onde quer chegar. Em que área profissional quer seguir e atuar. E essas aulas, se não ministradas com atenção e propósito de dar esperança aos adolescentes ali presentes, podem se tornar frustrantes e sem sentido para a maioria deles, levando à uma série de problemas, como desinteresse e evasão escolar.

O filme norte-americano “Escritores da Liberdade”, baseado no livro best-seller The Freedom Writers Diaries nos faz pensar na sociedade e vida docente. No filme, uma professora jovem chega a uma escola rodeada de conflitos étnico-raciais, violência, desinteresse, desmotivação e subestimação dos talentos dos estudantes. Com essa realidade diferente, a profissional traça uma briga com o sistema educacional em que atua e modifica seu método de ensino. Leva em suas aulas, esperança, conscientização e empatia. Em pouco tempo, os alunos surgem acreditando neles e projetando perspectivas de futuro, despertando nos discentes a fome pelo saber e também valores, como a tolerância.


O filme é muito rico e nos mostra algumas das realidades que os educadores irão enfrentar ao longo do caminho, mas também mostra sugestões e respostas aos problemas enfrentados por esses docentes. No fim, estabelece esperança tanto para alunos quanto para professores. Esse longa metragem pode ser usado em aulas de Língua Portuguesa e matérias relacionadas. #ficaadica


Como educadora, planejo as aulas pensando nas realidades dos alunos e na relação de empatia que desenvolvo com eles, tendo muitas vezes, troca de conhecimento em sala de aula e assim as aulas fluem de maneira diferente. Mais leves, mas não menos educativas. Em algumas turmas encontraremos alunos que estudam e trabalham e por conta disso, podem estar cansados em aula, então é sempre bom deixar as aulas mais interativas, quando possível, para que a atenção desses alunos se prenda. Dessa maneira, devemos estar dispostos a passar os conteúdos com maestria, sem deixar a aula exaustiva. E essa é a educação da, e que dá, liberdade e esperança.

E você, já pensou sobre Educação hoje? Para mais reflexões fiquem de olho nessa coluna semanal e me sigam no Instagram! @sil_mazzuquello.

Silvana Mazzuquello Teixeira

Graduada em Letras, professora e apaixonada por livros e escritos. Esta coluna será focada em assuntos sobre Educação e Literatura, contendo dicas de livros, reflexões acerca da docência e compartilhamento de experiências vividas.